Piloto de drone: a profissão do futuro

Editora Globo

Foto: Julio César Uehara Marin, 43 anos, graduado em Direito. 
Comanda a aeronave por controle remoto em filmagens e inspeções há 10 anos.

 

Pilotar um drone está longe de ser brincadeira. É uma profissão. Também conhecidos como VANTs (veículos aéreos não tripulados), eles são dotados de sistema de navegação, GPS e caixas-pretas e voam a até 1.000 metros do solo. E mais: para pilotar um drone é preciso ter piloto e também um “copiloto”. “Em cidades, o assistente tem de sempre ficar de olho no céu, à procura de alguma aeronave que possa estar voando mais baixo, para avisar ao piloto”, conta Julio César Uehara Marin, que trabalha na área há 10 anos. 

O piloto explica que o comando é tão complexo que é mais próximo de um avião comercial do que um brinquedo. “Existe até piloto automático para drones, mas não é recomendável”, conta. Antes de pilotar é necessário passar por um treinamento que exige 20 horas de aulas teóricas e 10 de voo. Marin afirma que noções de filmagem e fotografia são exigidas e, claro, bom-senso. “Para fazer inspeção em uma indústria, por exemplo, é preciso ter noção de que há áreas que o drone não pode sobrevoar. Já para fazer mapeamentos cartográficos, em que distâncias e tempos de voo são maiores, é preciso garantir que se está com o equipamento correto (com bastante autonomia) e com a bateria devidamente carregada.” 

Quando se fala em possibilidades o céu é o limite: inspeções em indústrias, acompanhar obras, filmagens e, ainda, ajudar em buscas e resgates. “Há drones em construção para inspecionar redes de transmissão de energia, faixas de oleodutos, e, é claro, para ajudar na fiscalização dos próximos grandes eventos esportivos no Brasil. Há ainda, pelo mundo afora, estudos para usar drones como ‘entregadores’ de produtos, como pizzas.” 

Fonte: Thaís Sant'Anna | Revista Galileu.

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